Criado em parceria com o Ministério da Saúde, Plano de Capacidade Plena do Ortotrauma prevê medidas e ações para evitar superlotação
Ferramenta indica o que cada setor do hospital deve fazer e como fazer a partir de eventuais níveis de superlotação
O Complexo Hospitalar de Mangabeira Governador Tarcísio de Miranda Burity (Ortotrauma) já conta com o Plano de Capacidade Plena (PCP), com ações integradas entre os setores da unidade, previstas para serem colocadas em prática em caso de superlotação. Essa é uma das ferramentas criadas em parceria com o Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, através do projeto Lean nas Emergências, do Ministério da Saúde, que teve o encerramento de mais um módulo nesta terça-feira (24), no Ortotrauma.
Na prática, o PCP indica o que cada setor do hospital deve fazer e como fazer a partir de eventuais níveis de superlotação – classificados do 1 até o 3. Uma vez acionado o PCP, o hospital vai atuar de forma integrada para evitar que aquele nível de superlotação seja contido. O Plano envolve ações para coordenação médica, enfermagem, diretoria técnica, farmácia, fisioterapia, hotelaria, setor de imagem, laboratório, Núcleo Interno de Regulação, nutrição, plantonistas, serviço social, centro de material de esterilização, entre outros.
“O projeto está chegando na reta final e alcançando um saldo muito positivo, conseguindo qualificar ainda mais os profissionais, com todos os setores envolvidos. Não registramos mais superlotação e isso é importante para dizer que é possível fazer com o que temos – essa é a visão que eu queria mostrar quando entrei no Ortotrauma. Portanto, estamos conseguindo mudar conceitos, hábitos de rotina e houve a integração do hospital como um todo, que trabalha com harmonia e muito mais humanizado”, disse a diretora-geral do Ortotrauma, Ana Giovana Medeiros.
Lean nas Emergências – Em tradução livre, lean quer dizer “enxuto”, baseada em uma filosofia de melhoria de processos com foco em tempo e valor. O médico Ricardo Camelo, que realiza a consultoria junto com um consultor de processos do Sírio-Libanês, disse que o Plano de Capacidade Plena do Ortotrauma está muito bem elaborado, com todas as ações, distribuição de tarefas e check-list necessários para as tomadas de decisões que podem fazer toda a diferença. “Tudo que foi feito está excelente, inclusive o plano de comunicação para acionar e desacionar o PCP. Está tudo pronto para continuar funcionando muito bem”, enfatizou.
O Plano de Capacidade Plena (PCP) marca uma das últimas fases de execução do projeto Lean nas Emergências, que possui dois encontros quinzenais no Ortotrauma. Os dois últimos estão agendados para os dias 14 e 15 de dezembro, quando será feita a gestão de todos os indicadores. Mesmo com término desse período, a equipe de controle do projeto acompanha os resultados por mais 12 meses para garantir a manutenção a longo prazo.