Diagnóstico de Demanda e Capacidade são trabalhados por técnicos do Sírio Libanês no Pronto Socorro do Huse
Projeto Lean nas Emergências visa melhorar a gestão racionalizando recursos, otimizando espaços e insumos
Técnicos do Hospital Sírio Libanês, retornaram na manhã desta segunda-feira, 2, para dar continuidade ao Projeto Lean nas Emergências que visa melhorar a gestão racionalizando recursos, otimizando espaços e insumos. Um projeto do Ministério da Saúde desenvolvido por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS – Proadi/SUS, executado em parceria com o Hospital Sírio Libanês. Serão mais dois dias para dar uma refinada no Diagnóstico de Demanda e Capacidade (DDC) como explica o médico sênior do Sírio Libanês, Rasível dos Reis.
“A gente traz ferramentas além das ferramentas do Lean, teoria de vida, das restrições, das variabilidades e é mais que nas emergências que a gente tem que envolver todo o hospital como a enfermaria, UTI, bloco cirúrgico, uma série de questões, além de futuramente também, envolver a rede de atenção de todo o estado. Hoje a gente veio para dar uma refinada no DDC, um disgnóstico inicial do hospital, trabalhar com o 5S e envolver e sensibilizar a equipe como um todo, um trabalho de todo dia, verificar indicadores, como está a coleta dos dados, o score que a gente precisa coletar duas vezes por dia que é um score de superlotação. A gente vê que o PS tem uma superlotação importante e viu várias oportunidades com as ferramentas que a gente está trazendo e que vai ter um ganho muito grande no final do projeto. A nossa expectativa é a melhor possível, não é fácil, é um trabalho diário e intenso, a equipe está satisfeita, então, a gente só tem a ganhar reduzindo a superlotação”, explicou o médico.
A superlotação não é só uma questão estética, ela mata, leva complicações aos pacientes e impede que o ele seja tratado e curado dentro da janela terapêutica. O grande papel de um serviço de urgência é reduzir as complicações evitáveis e ampliar a capacidade de cura. De acordo com o coordenador de processos do Leans nas Emergências, Juvenal Cândido da Silva, o projeto é realizado em nove visitas de dois dias, realizadas quinzenalmente. Ele esclarece quais os próximos passos a serem seguidos.
“Até a segunda semana de julho desse ano vão acontecer as visitas e a cada visita é elaborado um mapeamento e um plano de ações para melhorar o processo. Plano de ação que envolve desde mudanças de layout até alterações de sequências de processos, mas, o mais importante é que essas atualizações de processos sejam descritas, então, esses processos saem do ambiente tácito e passa a ser explícito e os profissionais treinados para executar cada atividade. Todo mundo fica sabendo o porque da mudança e o que ela acarreta, cada visita tem um planejamento e são executadas as ações, o projeto não acaba com as nove visitas porque ao longo delas a gente continua monitorando os indicadores, ou seja, de hoje até julho a gente monitora e no término da nona visita também acontece o monitoramento por mais doze meses junto da instituição Sírio Libanês e Ministério da Saúde para manter o resultado das melhorias alcançadas”, disse o coordenador.
Dentro de quinze dias, os técnicos retornam ao Huse e na próxima visita será feito um mapeamento de processo do PS e a visita seguinte será um mapeamento de processo de enfermaria.
Fotos: Valter Sobrinho