Lean nas Emergências

Comunicação

Hospital do DF reduz em 77% lotação na emergência

Hospital Regional de Taguatinga reduziu em 18% o tempo médio de internação no pronto-socorro ofertando maior giro de leitos aos usuários

Pronto-socorro lotado, dificuldade de internação, recusa de recebimento de ambulâncias, ausência de atendimento especializado, são alguns aspectos que estão sendo melhorados na emergência do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Com a média de 130 mil pacientes atendidos por ano, a unidade participou do 2º ciclo do Projeto Lean nas Emergências e conseguiu em seis meses – de novembro de 2018 a maio deste ano – reduzir em 77% a superlotação no pronto-socorro, melhorando a gestão, racionalizando recursos, otimizando espaços e materiais. O Lean é realizado em parceria com o Hospital Sírio-Libanês. Até 2020, a meta é intervir na gestão de 100 hospitais públicos.

Nessa metodologia de enxugar processos, o HRT conseguiu aumentar o giro dos leitos, reduzindo em 18% o tempo médio de internação na emergência, que conta com 464 leitos. Além disso, novos processos de gestão ajudaram a reduzir em 13% o tempo médio da passagem do paciente pelo pronto-socorro. A metodologia permitiu dar mais atenção às pessoas que necessitam de maiores cuidados de urgência, como traumas, infartos, AVC entre outros.

“É gratificante ver a evolução de um projeto em 57 hospitais, com resultados relevantes em tão pouco tempo. Em 3 meses o Lean já consegue ter resultados visíveis nas emergências do País. No caso do HRT, o Lean possibilitou uma mudança de cultura, integrando os setores e profissionais em um único propósito; o de melhorar o atendimento ao paciente e os fluxos de trabalho”, avalia Francisco Figueiredo, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde.

A aplicação da metodologia parece ser simples, mas necessita do envolvimento de todos os profissionais que atuam dentro do hospital, além de ser contínua. Uma das ferramentas da metodologia Lean é criar a cultura da disciplina, identificar problemas e gerar oportunidades para melhorias.

A redução de desperdícios, melhor organização dos fluxos e processos, o diagnóstico e resolução de problemas por meio da aplicação de ferramentas e princípios hoje fazem, parte do dia a dia do hospital. Dessa forma, o HRT conseguiu garantir não só a melhoria do atendimento e uma maior oferta de leitos como a diminuição do desgaste emocional tanto do paciente como da equipe médica e hospitalar.

“Trabalho há 5 anos no P.S. e essa foi a mudança mais significativa que teve na parte de organização e superlotação. É um projeto que envolveu todo o hospital, melhorando o fluxo dos pacientes. Antigamente, o hospital estava sempre lotado, não havia a identificação dos pacientes, era muito mais difícil de trabalhar. Um conceito que eu sempre ouvia era de que a gente trabalhava apagando fogo! Agora isso acabou… agora a gente está trabalhando para evitar que ele comece”, relata Luís Ricardo Mota do Nascimento, técnico de enfermagem no HRT.

 

Por Silvia Pacheco, da Agência Saúde

Fonte: http://saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45936-hospital-do-df-reduz-em-77-lotacao-na-emergencia

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