MS Implanta Excelência Operacional nas Emergências do SUS em Minas Gerais
Projeto implantado no Hospital Municipal Odilon Behrens, em agosto de 2017, começa a apresentar resultados
Um dos seis hospitais pioneiros na implantação da metodologia Lean, o Hospital Municipal Odilon Behrens-HOB, que fica em Belo Horizonte-MG, está reestruturando seus processos de gestão desde agosto de 2017, e já aponta os primeiros resultados.
Para o superintendente do HOB, Danilo Borges Matias, a maior diferença observada sobre essa gestão é o resgate da gestão colegiada, foi percebido por exemplo, que a equipe envolvida, pode entender melhor seu processo de trabalho e perceber oportunidades de melhorias, que refletem para o paciente e para o próprio trabalhador, ajudando concretamente a formar e amadurecer uma consciência organizacional.
Em relação aos pacientes é nitidamente perceptível a diminuição no tempo de espera entre a triagem e o primeiro atendimento com o corpo médico. A metodologia Lean está permitindo diminuir sensivelmente essa espera, nos últimos três meses, por exemplo, o número de atendimentos mensais passou de 10 mil para 12 mil, destes 63,8% classificados na cor verde na escala Manchester, cujo o tempo de espera para atendimento na Clínica Médica baixou de cerca de 5 horas para 1 hora e meia.
Essas iniciativas também impactaram no atendimento da UPA que existe no Odilon Behrens que atualmente conta com uma sinalização que indica o tempo de espera atual para cada perfil de pacientes.
Outras intervenções orquestradas pela metodologia produziram uma série de outros benefícios, como diminuição de cancelamentos cirúrgicos; chegando a 50% para pacientes da cirurgia vascular; maior participação e conhecimento dos pacientes sobre sua doença e planos no hospital, menor frequência de superlotação nos corredores da UPAHOB, como taxa de desocupação dos corredores caiu absurdamente, mas eu não sei os números exatos, pois ainda estamos construindo este indicador, entre outros.
Segundo Danilo, sem o convencimento e o investimento nas lideranças, não há sucesso em projetos. É preciso ter a participação efetiva das equipes, para que haja sustentabilidade e fazendo ajustes frequentes para melhorar um pouco a cada dia. “Excelência operacional é o “bonde da vez”. Ele já ficou nas indústrias bem-sucedidas há 30 anos. Agora é a vez da saúde. ”
As etapas são cíclicas. Alguns processos estão na fase de consolidação de melhorias, já com grandes avanços. Outros processos estão saindo da fase de planejamento para o primeiro ciclo de melhoria a ser implantado (PDSA, outra metodologia que conversa muito com o Lean e as estratégias de excelência operacional).
Uma etapa crítica que começamos a desenvolver é a multiplicação interna de expertise para além do grupo que recebeu o treinamento pelo Ministério, como por exemplo a ampliação do “Fast Track” (processo acelerado) para a Pediatria e outras UPA’s de Belo Horizonte e Região Metropolitana.