“Quando passamos muito tempo imersos em condições adversas extremas, vamos perdendo a sensibilidade e passamos a ser parte do cenário.
Esta ‘adaptação’ nos distancia da essência da nossa missão, impondo àqueles a quem devemos assistir condições sub-humanas e nada profissionais de atendimento.
O Lean chegou cercado de desconfiança, mas com uma proposta desafiadora, inquietante e sem fórmula mágica: propondo a redescoberta plena dos papéis de cada setor e de seus profissionais, em todas as instâncias envolvidas, por meio de organização e ações eficientes.
O Projeto é ambicioso por sua magnitude e sabemos que seu sucesso também depende de outros fatores, porém já tem sido compensador não só pelos corredores vazios, mas também pelo incômodo de ora vê-los cheios, por sacudir zonas de conforto, despertar o querer e relembrar que a acomodação e inércia são prenúncios de morte lenta.
Acredito que, com o Projeto, estamos passando por um processo de desconstrução de uma ideia de hospital público e vislumbrando uma possibilidade real: se é público, tem que ser bom, pois é de todos e para todos.”